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A intensa movimentação e ansiedade de vestibulandos e acompanhantes no Campus I da UPF contrasta com o clima de descontração e brincadeira do II Acampamento da Criança com Diabetes, atividade que também acontece na Universidade neste final de semana.
Com sorriso no rosto e um crachá personalizado pendurado no pescoço, Antonio Scussel, 8 anos, participa do Acampamento pela segunda vez. “Eu gosto de participar porque as famílias trocam conhecimento sobre os cuidados com a diabetes, a gente brinca, acampa e faz muitas atividades legais”, diz.
As atividades oferecidas pelo Acampamento, como visita ao zoológico, confecção de brinquedos, oficinas de jogos e natação também encantam Eloísa Fiori, 10 anos, que participa pela primeira vez do evento.
Antonia e Eloísa são duas das 20 crianças participantes do II Acampamento da Criança Diabética, que promove o autocuidado e o aprendizado através da convivência entre pacientes que enfrentam a mesma doença. “A troca de experiências e até os acontecimentos ruins, como o descontrole da doença, nos ensinam a trabalhar a diabete”, fala uma das organizadoras do Acampamento, a professora Mariza Cervi.
Com a participação de 13 cursos da UPF, como enfermagem, nutrição e psicologia, as crianças diabéticas e seus familiares aprendem a conviver com a dificuldade e fazer o acompanhamento da doença.
Guilherme Werlang é um dos monitores do Acampamento. Estudante do quarto nível de Medicina, ele é um dos acadêmicos voluntários que auxiliam nas atividades destinadas às crianças. Para Guilherme, a oportunidade de participar do Acampamento é única e acrescenta na vida pessoal e, principalmente, na sua vida profissional. “No curso de Medicina, estudamos sobre a diabetes na teoria, mas na prática – a rotina da criança diabética, as diferentes insulinas que existem e o que é ter hipoglicemia – só aprendemos com experiências como esta”, ressalta o acadêmico.
Além de aprender sobre os cuidados necessários com a doença, as crianças e acompanhantes também se divertem com atividades lúdicas. Tirolesa e slackline são exemplos de algumas das brincadeiras “radicais” oferecidas às crianças pelo Grupo de Escoteiros Maragatos, que participa da organização do evento desde a primeira edição, em maio de 2014.
No II Acampamento, os escoteiros coordenam as montagens das barracas com a ajuda das crianças e preparam atividades, como festa à fantasia e brincadeiras escoteiras para os participantes. Para o escoteiro Daniel Muller Chaves, 19 anos, a convivência entre as crianças e os costumes de um Grupo Escoteiro é importante para que os pequenos saibam que, mesmo necessitando de cuidados, uma pessoa com diabetes pode participar de atividades escoteiras, como qualquer criança.