O risco ignorado da automedicação

By on 14 de maio de 2019 in Ações, Especiais, Notícias, Perfis

Alunos do curso de Farmácia fazem atividade alusiva ao Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos

Quem nunca se automedicou por causa de uma cefaleia, a popularmente conhecida como dor de cabeça? O ato de tomar um medicamento é comum, quase automático, mas poucas pessoas sabem o risco que correm com a automedicação. Por isso, no dia 6 de maio, duas turmas do curso de Farmácia juntamente com o Projeto Uso Correto de Medicamentos, fizeram um questionário com a população. Essa ação foi alusiva ao Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos.

"Esse é o nosso papel de farmacêutico, de orientar as pessoas leigas." Cristiane Barelli, enfermeira.  FOTO: Amanda Veseloski

“Esse é o nosso papel de farmacêutico, de orientar as pessoas leigas.” Cristiane Barelli, enfermeira.
FOTO: Amanda Veseloski

Com canetas e formulários em mãos os alunos se espalharam pelo Campus I da Universidade de Passo Fundo. Durante a tarde foram entrevistadas 281 pessoas e 89.7% delas, já haviam se automedicado, um número extremamente alto como explica a professora e farmacêutica, Cristiane Barelli, “percebemos  que as pessoas sabem que a automedicação não é uma conduta apropriada, mas por comodismo, por agilidade, ou ainda, dificuldade em consultar um médico elas acabam fazendo isso. O que pode ser complicado e desencadear o agravamento de doenças, reações alérgicas – e especial em pessoas que já usam medicamentos de forma contínua, já que o uso paralelo de outras medicações pode resultar em interações medicamentosas que podem prejudicar o tratamento”.

Desde a Biblioteca Central até no Hospital de Olhos Dyógenes Martins Pinto (Lions Clube), as respostas foram parecidas. A automedicação normalmente acontece em decorrência de cefaleia, resfriado, dor no corpo e rinites alérgicas. Entretanto, é importante frisar que a automedicação deve acontecer por um máximo de três dias, caso os sintomas não tenham desaparecido é muito importante que a pessoa consulte um médico. Além disso, não se deve tomar antibióticos e anti-inflamatórios a qualquer momento. Os remédios que podem ser usados na automedicação são aqueles de tarja livre, ou seja, sem nenhuma tarja e em casos específicos os com tarja vermelha.

Os alunos Julia e Henrique explicam sobre a automedicação. FOTO: Amanda Veseloski

Os alunos Julia e Henrique explicam sobre a automedicação.
FOTO: Amanda Veseloski

A aluna de enfermagem,  Julia Feyh, diz que a ação “é muito importante, é explicar que essas dores comuns não se tratam com qualquer remédio, nem tudo vai adiantar. Muitas vezes pode acontecer o oposto, dependendo até da dosagem pode acontecer um coma”. Seu colega, Henrique Soares, complementa dizendo que “muitas pessoas não tem noção nenhuma do que porque está tomando ou os malefícios que ela (automedicação) pode trazer. Então é algo muito interessante alertar a comunidade o porquê se deve tomar, ou ainda, não se deve tomar e prolongar o tratamento. E claro, buscar sempre o auxílio médico”.

Os resultados obtidos nesta pesquisa, serão avaliados em aula, a partir das respostas e por demais conteúdos já vistos,  pelos próprios alunos e professores.

 

 

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About the Author: Acadêmica do VI nível de Jornalismo e bolsista do Programa de Extensão ComSaúde na área da Comunicação. .

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