Doação de sangue: um trabalho de sensibilização
A porcentagem ideal de doadores de sangue de um país é de 5%, no entanto, apenas 1,6% dos brasileiros doam
Por Andressa Wentz, Raquel Favretto e Talita Trombetta
De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), é preciso que 5% da população de um país doe sangue regularmente para que os estoques dos hemocentros possam atender de maneira confortável as necessidades do povo. Todavia, segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 1,6% dos brasileiros são doadores de sangue.
Para a assistente social do setor de Hemoterapia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Larissa Schons, uma das razões que contribuem para que a percentagem de doadores seja tão pequena está atrelada a problemática das fake news. “Nós trabalhamos diariamente desmistificando essas narrativas. Trabalhamos todos os dias passando as informações corretas e tentando fazer com que as pessoas compreendam que elas são parte desse processo. Nós dependemos delas”.
Atualmente, os serviços de hemoterapia buscam atuar na conscientização de novos doadores, se atentando para procedimentos de sensibilização e captação dessas pessoas. Conforme Luciana Bertelli Dagostini, enfermeira no HSVP e doadora de sangue, um dos desafios do serviço é trabalhar para que o sujeito não procure o hemocentro apenas no momento em que um familiar ou conhecido precisa de doação. “Esses são os piores momentos de procura. Nessas situações o indivíduo está com nível de estresse elevado e angustiado por conta da condição do familiar, o que pode prejudicar sua experiência como doador”.
A importância de ter uma boa vivência na hora de realizar a doação está ligada ao processo de conscientização para trazer novos doadores. Quando o sujeito não está apto para doar, por exemplo, em situações em que ele esteja sem comer ou sem dormir, é possível que no momento da coleta – ou após – ele sofra alguma reação a doação. “Essa reação pode ser de leve a moderada. O doador pode sentir tontura, mal-estar, ânsia de vômito… Como que essa pessoa vai sensibilizar novos doadores tendo uma experiência negativa? A preocupação está na possibilidade desse doador fazer o trabalho contrário e afirmar que o processo de doação é desagradável”, explica Luciana.
Com a pandemia, os hemocentros já apresentaram uma diminuição significativa nos estoques de bolsas e o Ministério da Saúde orienta que as doações não devem parar. Segundo a OMS, são realizadas cerca de 92 milhões de doações de sangue por ano em todo o mundo. Uma doação pode salvar até quatro vidas. Doe!
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